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quarta-feira, maio 09, 2012

Da Ovarense para o mundo

Autoria de Ricardo Alves Lopes em  http://tempestadideias.wordpress.com/



Também jogava basket. Digo também porque os anos que passei na Ovarense foram muito mais que jogos ou treinos, muito mais que ganhar ou perder. Foram anos de construção de um futuro, desconhecido à altura.

A primeira vez que fui parte integrante de algo, que defini objectivos, que tive responsabilidades, que venci troféus colectivos e individuais, que andei de avião, foi com a Ovarense. Ganhei forma no, velhinho, Raimundo Rodrigues. Sou do tempo antes da criação do balneário dos seniores, em baixo da bancada, do ginásio. Sou do tempo dos cafés vazios ao fim de semana com as pessoas todas no pequenino Raimundo Rodrigues. Sou do tempo das tarjas a falar do inferno vareiro. Sou do tempo que entrava pela porta principal do pavilhão e ia para um cantinho ao fundo, na bancada central, onde nos juntávamos todos, onde vibrávamos com a prata da casa, os americanos memoráveis e os espanhóis raçudos. Sou do tempo de vitórias memoráveis e consecutivas.

Em menino, por volta das 17h já ia treinar, assim que saia da escola. Por volta das 18h30 ou 19h ia saindo, com a mochila da escola e a sonhar com o momento que treinaria às 18h30 – como os grandes. Os anos passaram e eu evolui para os treinos às 18h30, a olhar para os que treinavam às 20h e a querer ser como eles – grande. Cheguei mesmo aos treinos às 20h, mas ainda havia os que treinavam às 21h30, havia sempre patamares para subir. Quando cheguei ao patamar das 21h30 a vida separou-me, não dobasket, não da Ovarense, mas da responsabilidade de ter um cartão de federado, apenas disso. Basket e Ovarense são paixões que se entranharam e jamais o tempo poderá desventrar. Amigos, muitos amigos, lembranças, histórias, campeonatos distritais, torneios do futuro, concursos de lances livres, de 3 para 3, presenças em nacionais, em torneios na Madeira, são as medalhas deste passado, com marcas bem presentes.

Possivelmente não escrevo para as crianças, mas naturalmente escreverei para alguns pais, para alguns jovens, e a esses digo: participem, entranhem-se na Ovarense, e as medalhas serão a vitória mais pequena. Não pedirei a um menino de 6,7, 10 ou mais anos para entrar no basket da Ovarense sem a esperança de ser jogador, isso tiraria brilho, mas posso garantir-lhes que com o passar dos anos ganharam muito mais que uma perspectiva de carreira. Amigos, formação enquanto pessoa, noções de competitividade, sem desprezo da educação, dos valores, serão as maiores histórias que terão para contar. Aqui não conto as histórias de balneário, as brincadeiras de amigos, os jantares de comemoração, as viagens de carrinha ou em carros, porque não interessam as minhas, interessam as vossas.

Com emoção, de um eterno ovarense.

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